A presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias pela morte do governador de Sergipe, Marcelo Déda, que morreu na madrugada de segunda (2), em São Paulo, em decorrência de um câncer no estômago. O luto foi publicado na edição desta terça-feira (3) do "Diário Oficial da União". "É declarado luto oficial em todo país, pelo período de três dias, contado a partir da data de edição deste decreto, em sinal de pesar pelo falecimento do governador do estado de Sergipe, Marcelo Déda", diz o decreto, assinado por Dilma e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
A presidente participou na noite da segunda-feira (2) do velório do governador sergipano, em Aracaju. Ela permaneceu em Sergipe por três horas. Discursou rapidamente durante a missa de corpo presente e deixou o local por volta das 22h30 (horário de Brasília) sem conversar com a imprensa. Dilma enalteceu o legado de Déda, citando suas virtudes como exemplos para os homens públicos de todo o país. Segundo ela, o governador de Sergipe "foi um dos mais brilhantes oradores que nós conhecemos". "E foi também um político do P maiúsculo, escreveu a política com grande qualidade, em todos os momentos da sua vida, se dedicou aos mais pobres, lutou para transformar o nosso país", afirmou.
Para Dilma, todos que conheceram Déda o levarão na memória, na alma e no coração. "Um grande homem, que tinha uma forte ética e perseguia a construção de um País melhor. Além disso, o Déda era um poeta e, como poeta, viveu o nosso País em todas as suas dimensões, com um grande sofrimento diante da desigualdade, mas, também, diante das interrogações que nós, homens e mulheres, temos diante da vida. Ele nos deu uma mensagem que nós carregamos para a vida, uma mensagem de que atravessar a vida com o espírito lutador, guerreiro, humanista e amigo do Déda e, ao mesmo tempo, com a imensa alegria que ele tinha, é algo que comoverá e deixará nos nossos corações um vazio, mas, ao mesmo tempo, nós temos o exemplo dele a seguir", afirmou. "Quero saudar o amor dele por Eliane, pelas filhas e pelos filhos, em especial Mateus", disse a presidente.
Ao participar da missa, Dilma estendeu a bandeira do Brasil sobre o caixão do governador sergipano. O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, foi o porta-voz do Planalto. "Muito mais que um político, muito mais que um militante, Déda é uma personalidade nacional. Ele nos encantou pela capacidade de viver a vida de forma intensa. E mais uma coisa: ele morre pobre, representando esse novo jeito de fazer política no país, para servir o povo. Tudo para o povo e nada para si", afirmou Carvalho.
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